Não olhes para mim dessa maneira, como se pretendesses incutir-me alguma culpa, algum remorso. Não fui eu que abri as portas da relação, não fui eu que me queixei da rotina, não fui eu que disse que 3 era um número mágico, que uma outra mulher na nossa cama só viria apimentar a nossa vida sexual.
Aceitei, com medo de te perder. Mais valia partilhar-te na nossa cama do que ficar sozinha a imaginar-te na cama com outras.
A ansiedade paralisou-me nos dias que precederam o encontro a 3, vi-me como um mero acessório inútil no meio da vossa volúpia, a amante de sempre que tu já conhecias bem demais e da qual estavas farto, um brinquedo descartável sem luxúria para te surpreender, sem faísca para te incendiar.
Afinal a surpresa foi minha. A outra veio desbloquear toda a sensualidade que estava presa dentro de mim e nem eu própria conhecia. Perdi-me de mim mesma no ardor de te possuir e de te partilhar, no prazer escaldante de me entregar a ti e a ela e nem saber qual dos dois me excitava mais, até acabarmos todos esgotados em cima dos lençóis húmidos.
Tinhas razão, tínhamos caído na rotina e eu contentava-me com pouco.
Tinhas razão, podemos ter muito mais prazer a 3.
Tinhas razão, por isso não me olhes com esse ar chocado e ofendido. Tu é que mudaste as regras do jogo e me mostraste o que é bom sexo.
Agora quero a desforra. Desta vez sou eu que escolho e quero um homem. Afinal parece que lamentas eu ter perdido os meus tabus. Ou o privilégio da escolha era só teu?
Já não sinto ansiedade mas expectativa. Vocês vão disputar-me e o fogo que me corre nas veias diz-me que chego bem para os dois.
Não me sinto culpada e tu não tens o direito de te sentir traído.
http://www.nossanoite.com.br/divadomasini/fotos/cinto%20de%20castidade.jpg
Sem que a expressão seja proferida uma única vez, o Poliamor é um dos temas centrais do novo filme de Woody Allen. Em Vicky Cristina Barcelona, há um trio amoroso que durante algum tempo vive em conjunto, partilhando a cama, as tarefas e as emoções. As personagens de Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penélope Cruz formam um triângulo poliamoroso - uma das configuração possível dentro do poliamor, em que cada um dos três se relaciona com os outros dois; há também relações em V ou em N, por exemplo.
É interessante observar as reações do público dentro do cinema. Para muitos a ideia de três pessoas a viverem maritalmente, felizes e apaixonadas, é algo que só acontece nos filmes. E mesmo para algumas pessoas que já ouviram falar de poliamor, o conceito parece impraticável, irreal, forçado e fantasioso. Há um conceito dentro do poliamor que é bastante relevador das clivagens de mentalidade: compersion. "(...)the experience of taking pleasure that one's partner is with another person. The feeling may or may not be sexual. Quite often it's not. It should not be confused with cuckolding practices or voyeurism. It was originally coined by the Kerista Commune in San Francisco[1] (or possibly by the ZEGG community in Germany)[2] which practiced polyfidelity, and has since been adopted throughout the culture of polyamory."
Como é possível, perguntar-se-ão muitos, ter prazer em saber que @ noss@ parceir@ tenha outra pessoa? Como é isso de ficarmos felizes por saber que @ noss@ amad@ é feliz com outra pessoa? No filme de Woody Allen, parece-me, é bastante plausível a felicidade que o trio vive, durante algum temtpo. E, felizmente, não há nenhuma intenção de fazer propaganda a este estilo de vida, por isso, a vida do triângulo não é apresentada de forma idílica e perfeita, sem problemas. A questão, o que nos deixa incrédulos e cépticos é, claramante, o ciúme - como é que aquela gente não é consumida pelo ciúme? E se não sentem ciúme, isso quer dizer que não gostam verdadeiramente uns dos outros?
Somos ensinados desde crianças que ter ciúme é saudável, que o ciúme "apimenta" uma relação, que alguém que não sente ciúme é porque não gosta verdadeiramente da pessoa, que alguém sem ciúmes é alguém sem interesse no outro. Esta aprendizagem, que coincide com a aprendizagem de uma imensa herança de todo o tipo de preconceitos (que estabelecem o sexismo, a heterodoxia intolerante, o machismo, etc), coíbe-nos de pensarmos em formas de estar diferentes da norma.
O que pensam os nossos leitores? A única forma de ter uma vida amorosa feliz, saudável e decente é a monogamia? A mim, parece-me que somos imensamente formatados e condicionados por uma tradição que não gosta de desvios aos padrões que têm sido perpetuados. E que essa formatação faz com que aceitemos, estimulemos e acabemos por gostar do ciúme (de senti-lo e ver n@ parceir@ a forma de nos aplacar a zanga e também de provocá-lo, para nos sentirmos desejados e importantes) O ciúme baseia-se na insegurança, na posse e, acima de tudo, na sua aceitação no seio da relação pel@ parceir@. E é mais fácil perdoar e ultrapassar um episódio em que a nossa cara metade foi para a cama com outra pessoa (mas nos garantiu que foi a única vez e que não teve importância) do que conviver, aceitar, digerir a possibilidade de a pessoa com quem estamos estar apaixonada e desejar sexual e emocionalmente outra pessoa.
Isto do compersion, do poliamor, da não-monogamia saudável, o que vos parece?
...e era uma vez:
- Bom dia!
- Mmmmmmm! - murmura ele deitado.
- Vá levanta-te... ou deixei-te de rastos?
- Estavas muito animada ontem à noite.... sabes que te adoro?
- Parvo!... Claro que sei. [beijo] Vá lá, eu tenho que ir ter com ele, senão começa a estranhar.
- Sempre vais ter com ele?
- Sim!
- Pensei que ficavas aqui comigo...
- Opá! Não me venhas com essa conversa outra vez. Tu sabes que eu gosto é de ti.
Ela vai tomar um duche. Ele fica a remoer na cama... olhando para o tecto... (idiota).
Levanta-se e vai ao encontro dela no duche.
- Porque não ficas mais um bocadinho comigo?
- Já te disse que ele está à minha espera. Se me atraso ele pode desconfiar... - volta-se para ele - e tu sabes que eu não quero que ele descubra o que há entre nós!
- Não me olhes com esses olhos... senão como-te!
Sexo, sexo... mais sexo... e um bocadinho de amor, depois.
- Vou andando. Ele já deve estar no café. Logo estás por aí?
- Sim.
- Ok! - [beijo] - Amo-te muito!
-...eu também
Quando ela ia sair, ele chama-a:
- Olha que começo a ficar farto desta vida.
- Não sejas parvo.
- Se soubesse que seria sempre assim, não me teria casado contigo!
- Quando nos casámos, já sabias que seria cada um com as suas relações... não tenhas medo... o Tiago é só uma diversão, tal como é a tua Carla, a Sílvia e as outras... [beijo]
- Está bem, está bem... vai lá... diverte-te! Olha, no próximo fim de semana, vou estar com a Sílvia. Não te importas?
- Não... claro que não!
Ela suspira e sai. Ele suspira e fica...
É impressão minha, ou as relações são cada vez mais estranhas e, assumidamente, mais sexuais que antigamente?
AlfmaniaK
A masturbação é, ainda, um dos grandes tabus da nossa sociedade e parece-me que veio para ficar.
As razões para tal comportamento prendem-se com a individualidade do acto, contrário à actividade sexual, propriamente dita, em que duas pessoas se consomem em prazeres mil.
Assim, este acto apresenta-se ignóbil e há que escondê-lo de todos: amigos, parceiros, sociedade. O pior de tudo isto? É não haver estatística!
Deste modo não se sabe quem se masturba mais: os solteiros, os casados, os homens, as mulheres... o que torna o assunto ainda mais tabu. É que ninguém assume que se masturba!
Pois eu, minha gente, masturbo-me!
Pimba, já lá vai um para a estatística.
Quanto a mim, a masturbação é, essencialmente um acto masculino! As senhoras que me desculpem, mas lá terão de dar um passo em frente e afirmar se o fazem ou não... para que constem nas estatísticas!
O homem masturba-se desde muito cedo e fá-lo com um propósito medicinal: na primeira infância, é comum os miúdos brincarem com o dito cujo, esticando-o, o que ajuda a glande a sair do prepúcio. Aqueles que não o fazem, porque os pais veêm tal acto como prenúncio de uma masturbação tarada, podem ter de se submeter à faca, realizando a circuncisão na adolescência ou idade adulta!
De qualquer modo, é apenas com a chegada da puberbade que os machos começam a actividade de "ascensorista", utilizando-a a torto e a direito, uns, outros lá de vez em quando, nos momentos em que a "sede" aperta mais e os miolos entram em curto-circuito!
As mulheres... bom... não se sabe lá muito bem, embora haja alguns relatos a indicar que existe, embora seja ainda mais mal vista por elas próprias do que a semelhante masculina.
O que acho engraçado, é afirmar-se aos quatro ventos que o homem não percebe nada de mulheres e que elas é que sabem como gostam de ser masturbadas pelo parceiro!
Bem, isso eu entendo, mas que se utilize o mesmo critério para o homem: as mulheres não percebem nada de masturbação masculina. Aquilo não é chegar, agarrar e abanar! Perguntem... vá lá! Nós dizemos como é!
Se, em alguns casos, a masturbação pode ser um factor de excitabilidade sexual para aquecer os motores antes da corrida, pode, por outro lado, apresentar-se como destruidor de relações, quando descoberto acidentalmente.
E é sobre este caso que eu gostava de alertar para outra distinção entre géneros: se o homem apanhar a companheira a masturbar-se penso (penso... porque nunca apanhei) que virá ao de cima a sua caraterística de voyeur... não sei...
Mas se for a mulher a apanhar o seu homem a escafiar o instrumento... ó lá lá... temos o caldo entornado! E porquê? Por uma coisa de nada... por um desejo individual que não revela nada sobre a nossa relação.
Para nós, homens, aquilo representa um acto isolado, uma maneira de dar vazão ao tesão insuportável que nos assola ao longo do dia. Não tem nada a ver com instisfação sexual, embora também possa ocorrer. Um homem plenamente satisfeito com a mulher, pode masturbar-se como algo normal, não assumindo o acto uma acusação aos dotes sexuais da parceira.
Estou certo, ou as mentalidades estão a mudar?
Se perguntarmos aos homens qual o chamariz que os faz querer papar uma gaja, quais são as respostas óbvias?
- O rabo
- As mamas
- As pernas
- Boca de broche.
Ou seja, uma boazona, com ar de ser uma bomba na cama.
Objectivos muito básicos, cartas em cima da mesa.
Mas se perguntarmos às mulheres o segredo da atracção, a resposta não será o cabedal, o ar de quem dá quecas sem parar, a performance sexual, um belo palminho de cara, um bom palmo de pila…
Os factores primordiais terão a ver com o olhar, o sorriso, a inteligência, a personalidade, a voz, o sentido de humor, o charme, a cumplicidade, numa palavra, o romance.
Tais pressupostos reflectem outro grau de exigência, que não se prende só aos apanágios viris específicos, mas que requer uma dimensão interior e uma sensibilidade que transcende os requisitos de um bom amante fogoso.
Esta premissa implica que os machos são extremamente primários na caçada enquanto as fêmeas são mais selectivas e possuem uma mentalidade diferente?
Ou significa apenas que, por pudor, as mulheres romantizam e dissimulam os seus desejos mais íntimos, quando na realidade procuram apenas um autêntico garanhão de pau feito e o romance é sexo puro e duro?
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