Sábado, 18 de Outubro de 2008

Sexo: Sempre ou nem por isso?

Closed!

 

 

 

Quanto tempo conseguimos viver sem sexo? E o conceito "viver" não é um eufemismo!
Pessoalmente fico doido se pensar que vou ter um período de abstinência forçado... mas isto sou eu, cujo record de abstinência após a "1ª vez" está na ordem das quatro semanas... e isto porque fui pai! Em todo o caso, foi uma tortura.

Coloco esta pergunta porque desconheço quanto é que uma pessoa "aguenta" sem sexo, já que não tenho noção realista da coisa. Já ouvi pessoas falarem em 3 anos (e não acreditei)... mas depois lá entendi que de facto, isso pode acontecer.

Consequentemente pensei se por estar tanto tempo sem... enfim... coiso, se a pessoa se deixa ficar mais receptiva a qualquer peixe que caia na rede! Principalmente no que toca ao sexo feminino. Actualmente não será aplicável a muitas mulherzinhas, mas ainda as há que fazem questão de escolher. E fico com a dúvida, se dadas as curvas da vida, ficar muuuuito tempo sem... enfim... coiso, se fica receptiva a qualquer... enfim... coisa!

E além disto, outras questões se levantam... a abstinência forçada e a infidelidade? As bonitas greves de sexo? Como é? E os tímidos ou menos corajosos, como se safam?

Então pergunto: Quanto tempo se "consegue viver" sem sexo, e se durante esse período de seca, o conceito "open minded" não ganha um novo fôlego, permitindo ao visado/a a aceitar saciar a fome com um ou uma qualquer?

Claro que parto do princípio que não estou a perguntar a assexuados em potência!

sinto-me: Ignorante
publicado por AlfmaniaK às 03:33
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Quinta-feira, 19 de Junho de 2008

SER A OUTRA

só


Ela é divorciada, na casa dos 30. Ele tem mais ou menos a mesma idade, é casado há anos e  relativamente feliz. Conheceram-se um dia por acaso, pouco a pouco foram partilhando  sentimentos, e por fim a intimidade tornou-se em partilha sexual e de afectos.

Ela preencheu a solidão da sua vida com a presença e o carinho que ele lhe dispensava, quando estava com ele sentia-se uma rainha. Nos momentos íntimos transformava-se num prodígio de erotismo e imaginação, e ele sentia-se realizado, tinha encontrado o complemento ideal para a sua vida de casado, com ela obtinha tudo aquilo que não era capaz de pedir em casa, porque com ela tudo era permitido, sem complexos nem tabus.

Gradualmente ela foi  sonhando ocupar mais espaço na vida dele, as conversas telefónicas que tanto a preenchiam passaram a deixar um vazio quando se despedia com aquele até amanhã, os cafés tomados à pressa no fim da tarde deixaram de ser uma agradável rotina quando o beijo fugaz da despedida lhe sabia a pouco, e ela ficava sozinha e a sentir-se culpada e vazia.

Tinham falado sobre isso logo que a intimidade se instalou, ele não queria que ela se sentisse a outra, mas ela apenas sabia que era a sua eleita. Mas isso fora no início, porque afinal ela era apenas a outra e era assim que se sentia. Sentia-se a outra cada vez que estava com ele e tocava o telemóvel,   ele atendia e falava com a mulher fazendo planos de jantares e de fins-de-semana de que ela nunca faria parte. Sentia-se a outra cada vez que se deitava sozinha na sua cama  e queria estar com ele, sentir o seu calor e aquele aconchego, que ele estaria a dar à mulher.

Ele nunca lhe prometeu nada, nunca disse que ia deixar a família, que aquilo era algo mais que uma relação sexual, sabe que ela está sempre pronta para ele, alguém que dá  colorido e picante à sua rotina mas que não passa disso, porque ele nunca vai deixar a  segurança da sua família, pôr em risco os privilégios de pai babado. Prescindir de  qualquer das mulheres da sua vida para quê, se pode ter ambas?

Agora ela está demasiado presa a ele e àquele sentimento, sente que o ama e que precisa dele, no íntimo tem esperança que ele se decida e que a escolha a ela, porque ela é melhor, mais quente, porque sempre que tem sexo com ele, ele lhe diz que ela é única e incrível. Mas será que ele diz o mesmo à mulher?...

Ela só sabe que agora tem finalmente alguém na sua vida, mesmo que seja em part-time. Mas no fundo, está presa porque tem medo da solidão e qualquer papel secundário lhe parece melhor que nenhum.

Conheço ambos os protagonistas desta história, assisto à carência e frustração dela e à satisfação dele, e abstenho-me de tomar partido.
 

Nai.

publicado por naiguata às 01:14
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