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A notícia da semana foi o leilão da virgindade da Natalie. E nós a pensarmos que vivemos numa sociedade toda liberal e permissiva, em que só as velhas, as beatas e os trogloditas ainda atribuíam um valor sagrado à virgindade!
Neste caso o critério foi mais financeiro que sagrado! O leilão da virgindade parece-me pura prostituição, e bem cara!
Que se passa? Era a última virgem do planeta? A virgindade voltou a estar na moda ou nunca saiu?
Já ouvi dizer que uma intervenção cirúrgica muito popular na América é as esposas fazerem a reconstrução do hímen para oferecer ao marido como prenda de aniversário. Portanto, cá está a virgindade novamente muito valorizada.
Hoje em dia o sexo tornou-se um assunto banal, toda a gente acha natural dar umas quecas a torto e a direito, e quem se dedicar à castidade é choca, fanática religiosa, traumatizada, anormal, impotente ou gay não assumido.
Homem ou mulher que seja imaculado de casos com o sexo oposto acaba com uma etiqueta destas, a menos que seja padre ou freira…
Esta vida são dois dias e é preciso gozar enquanto se pode e assumir a sexualidade sem tabus, como um acto natural e tal e coisa.
Depois vem a donzela vender a sua virgindade e oferecem-lhe 3,8 milhões de dólares (2,87 milhões de euros), e as cotas voltam a pôr o selo para oferecer ao marido… Isto faz sentido?
Estamos rodeados de contradições. Afinal qual é o valor da virgindade? É um conceito moral antiquado ou um tesouro sem preço?
E se a rapariga não for virgem, é oferecida? Sinceramente, que tipo de relacionamento saudável pode ter como requisito essencial a virgindade? Ou o que interessa para o macho é só marcar mais um escalpe no cinto?