Parece discutível... mas não tem razão de o ser! O Swing é sexo entre casais. Ponto!
Sejamos pragmáticos e todos concordamos que o Swing envolve o dito "sexo consentido", se não concordarmos aqui, nunca iremos além das teorias de infidelidade.
Posto isto, que se fale do swing.
Já se escreveu aqui sobre o tema, mas a coisa girou à volta do grau de confiança na relação. Houve alturas em que acreditei que o Swing seria uma das expressões máximas da confiança entre um casal assumido. Mas, quando comecei a pensar em escrever sobre o assunto,
Conspirei uma excelente equação, para me orientar:
curiosidade + monotonia + desejar / sexo x aventura = potencial candidato Swinger
Ora isto revela que o swing é sexo. Em nada terá a ver com o confiar, o ter uma relação capaz ou de se saber distinguir amor de sexo como ninguém!
Swing é envolver-se com outras pessoas, e saber divertir-se com isso. Aceitar o prazer que o sexo pode dar e viver com isso! Curiosamente, com um enorme sorriso nos lábios e a inveja reprimida dos que os condenam.
E isto é discutível? Não me parece. O Swing, é uma prática saudável de bom sexo (com os cuidados inerentes, claro), apenas custa-me acreditar que a confiança seja o fruto podre do Swing, porque só não se dá bem com o Swing quem... lá está: ou não tem curiosidade sexual, ou a monotonia sexual é um must e o sentir-se desejado nunca lhe fez falta. Já a nível sexual, o melhor é nem comentar... e o seu lado aventureiro mete dó ao pai do Indiana Jones!
Se a confiança fosse o elo mais importante para se sobreviver ao Swing, então ter amantes e jurar amor eterno ao companheiro seria suficiente, mas isto parece-me impossível.
Eu não condeno o Swing. Se era capaz de experimentar? Porque não... afinal é sexo, e eu gosto. Tu não?
AlfmaniaK
Ela é divorciada, na casa dos 30. Ele tem mais ou menos a mesma idade, é casado há anos e relativamente feliz. Conheceram-se um dia por acaso, pouco a pouco foram partilhando sentimentos, e por fim a intimidade tornou-se em partilha sexual e de afectos.
Ela preencheu a solidão da sua vida com a presença e o carinho que ele lhe dispensava, quando estava com ele sentia-se uma rainha. Nos momentos íntimos transformava-se num prodígio de erotismo e imaginação, e ele sentia-se realizado, tinha encontrado o complemento ideal para a sua vida de casado, com ela obtinha tudo aquilo que não era capaz de pedir em casa, porque com ela tudo era permitido, sem complexos nem tabus.
Gradualmente ela foi sonhando ocupar mais espaço na vida dele, as conversas telefónicas que tanto a preenchiam passaram a deixar um vazio quando se despedia com aquele até amanhã, os cafés tomados à pressa no fim da tarde deixaram de ser uma agradável rotina quando o beijo fugaz da despedida lhe sabia a pouco, e ela ficava sozinha e a sentir-se culpada e vazia.
Tinham falado sobre isso logo que a intimidade se instalou, ele não queria que ela se sentisse a outra, mas ela apenas sabia que era a sua eleita. Mas isso fora no início, porque afinal ela era apenas a outra e era assim que se sentia. Sentia-se a outra cada vez que estava com ele e tocava o telemóvel, ele atendia e falava com a mulher fazendo planos de jantares e de fins-de-semana de que ela nunca faria parte. Sentia-se a outra cada vez que se deitava sozinha na sua cama e queria estar com ele, sentir o seu calor e aquele aconchego, que ele estaria a dar à mulher.
Ele nunca lhe prometeu nada, nunca disse que ia deixar a família, que aquilo era algo mais que uma relação sexual, sabe que ela está sempre pronta para ele, alguém que dá colorido e picante à sua rotina mas que não passa disso, porque ele nunca vai deixar a segurança da sua família, pôr em risco os privilégios de pai babado. Prescindir de qualquer das mulheres da sua vida para quê, se pode ter ambas?
Agora ela está demasiado presa a ele e àquele sentimento, sente que o ama e que precisa dele, no íntimo tem esperança que ele se decida e que a escolha a ela, porque ela é melhor, mais quente, porque sempre que tem sexo com ele, ele lhe diz que ela é única e incrível. Mas será que ele diz o mesmo à mulher?...
Ela só sabe que agora tem finalmente alguém na sua vida, mesmo que seja em part-time. Mas no fundo, está presa porque tem medo da solidão e qualquer papel secundário lhe parece melhor que nenhum.
Conheço ambos os protagonistas desta história, assisto à carência e frustração dela e à satisfação dele, e abstenho-me de tomar partido.
Nai.
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