
Quanto tempo conseguimos viver sem sexo? E o conceito "viver" não é um eufemismo!
Pessoalmente fico doido se pensar que vou ter um período de abstinência forçado... mas isto sou eu, cujo record de abstinência após a "1ª vez" está na ordem das quatro semanas... e isto porque fui pai! Em todo o caso, foi uma tortura.
Coloco esta pergunta porque desconheço quanto é que uma pessoa "aguenta" sem sexo, já que não tenho noção realista da coisa. Já ouvi pessoas falarem em 3 anos (e não acreditei)... mas depois lá entendi que de facto, isso pode acontecer.
Consequentemente pensei se por estar tanto tempo sem... enfim... coiso, se a pessoa se deixa ficar mais receptiva a qualquer peixe que caia na rede! Principalmente no que toca ao sexo feminino. Actualmente não será aplicável a muitas mulherzinhas, mas ainda as há que fazem questão de escolher. E fico com a dúvida, se dadas as curvas da vida, ficar muuuuito tempo sem... enfim... coiso, se fica receptiva a qualquer... enfim... coisa!
E além disto, outras questões se levantam... a abstinência forçada e a infidelidade? As bonitas greves de sexo? Como é? E os tímidos ou menos corajosos, como se safam?
Então pergunto: Quanto tempo se "consegue viver" sem sexo, e se durante esse período de seca, o conceito "open minded" não ganha um novo fôlego, permitindo ao visado/a a aceitar saciar a fome com um ou uma qualquer?
Claro que parto do princípio que não estou a perguntar a assexuados em potência!
De
Pandora a 19 de Outubro de 2008 às 22:20
Não te sei responder.
Não faço sexo quando estou deprimida, stressada, zangada ou doente. Não faço greves por birra. Quando passa, tudo volta ao normal mas não fico com o dobro da fome! Não foi uma dieta forçada, não é?...
Penso que um período de longo jejum deve tornar qualquer apetecível qualquer petisco, sim... Mas muito mais por causa do desespero da desova do sexo masculino, do que por causa da solidão e carência do sexo feminino!
De
AlfmaniaK a 19 de Outubro de 2008 às 23:23
SIm.. também tenho a ideia que ao sexo masculino é mais fácil se contentar com qualquer petisco... por necessidade! Já nas mulheres não faço puto de ideia,

Ok, Alfa, os homens têm a capacidade de aproveitarem facilmente os petiscos da rede afim de saciarem a fome.
Mas será que as mulheres, hoje em dia, passam por cima das suas necessidades com a mesma clausura dos outros tempos?
Aliás, vejamos por outro ponto de vista, se os homens procuram mais facilmente outras alternativas para satisfazerem as suas necessidades, essas alternativas não serão outras mulheres?
Abraço doce
De
AlfmaniaK a 20 de Outubro de 2008 às 18:33
Não sei se será uma questão de capacidade, ou de flexibilidade de critérios.
Os homens têm uma disponibilidade sexual singular. Parece que o "como, quando e com quem" não é muito importante quando se está muuuuito tempo sem ter sexo.
A minha dúvida sobre as mulheres, é se o mesmo se aplica, quando ficam muuuuito tempo sem ter sexo!
Sobre o procurar outras alternativas, confesso que não percebi o contexto. Procurar quando está em jejum forçado? Ou procurar porque simplesmente a vida não lhe presenteia nada de bom?
Um abraço, reciprocamente, doce...
De
LCC a 26 de Outubro de 2008 às 14:40
Ok, Alfa, é verdade que o "como, quando e com quem" não é mesmo nada importante, mas sim a satisfação sexual.
Em relação à mulher, creio que ela está mesmo em evolução, e acho que merecem o meu respeito por isso mesmo. Provavelmente ela não se "oferece" com a mesma facilidade do homem, porque sabe que será "julgada" de forma muito diferente, caso seja "apanhada".
Em relação às alternativas, julgo que os homens já não procuram tanto a prostituição como compensação da ausência de sexo, porque há novas alternativas mais aliciantes e menos perigosas. Há uma nova "oferta" entre as colegas, as amigas, as conhecidas, que ousaram libertar a sua vida sexual, para além das mulheres casadas que procuram outros parceiros sexuais.
De
provoCão a 20 de Outubro de 2008 às 11:29
sei, por experiência própria, que é possível passar bastante tempo sem sexo. :D mas custa muito, pelo menos no meu caso. para mim o ideal seria sexo todos os dias. mas isso só me aconteceu com relações duradouras, em que se manteve o desejo ao longo de alguns anos. de resto, é normal eu passar algum tempo sem sexo. mas tudo o que seja na ordem de meses sem sexo, já é demais.
quanto a estar desesperado... mmm, não vejo as coisas assim. eu naturalmente estou sempre muito disponível para o sexo. e tanto tenho sexo quando estou numa fase de abstinência forçada e me surge uma oportunidade como tenho sexo, ao surgir-me uma oportunidade, quando estou numa fase muito activa. eu, naturalmente, selecciono, sempre. não vou para a cama com alguém com quem não me apeteça estar, verdadeiramente. não uso outras pessoas para ter uma espécie de masturbação assistida, em que assim que acabe o sexo e eu tenha tido o prazer que procurava já não quero ter a pessoa ao meu lado. se vou para a cama com uma mulher (mesmo no caso de um one night stand) é porque ela me interessou, ou por ser muito bonita, muito sexy, por ter sentido de humor, por haver alguma espécie de química, por ser sedutora. se escolho uma e não outra, é porque essa é a que me interessa.
De
AlfmaniaK a 20 de Outubro de 2008 às 18:48
Obrigado pela participação, bem esclarecedora.
Portanto quando se está num jejum forçado, ainda que inconsciente, a necessidade vem ao de cima, e sub-entendo que para permitir a selecção/escolha (dentro dos standards e condições dadas) há que partir para a procura.
Claro que se a oportunidade surgir, valoriza-se a possibilidade de haver manutenção da relação. Isto será igual para ambos os sexos?
Em todo o caso, a disponibilidade parece adaptar-se, proporcionalmente, à duração do jejum... será assim?
De
provoCão a 20 de Outubro de 2008 às 23:38
eu não tenho a certeza, e só falo do meu caso, que quando o jejum se prolonga aumenta a necessidade. pelo contrário. na relação que tive até agora mais sexuada, com mais e melhor sexo (e que foi também a mais longa) eu tinha, sempre, a minha libido incendiada. penso que quando estou mais tempo sem ter sexo, adormeço um pouco. acabo por me acostumar, não a não ter sexo, mas a sentir falta dele. claro que nessas fases acontece a libido despertar, por motivos só meus, ou porque alguém a despertou. mas, pelo menos tem sido assim, é quando estou com alguém que o meu apetite é mais estimulado e que estou mais centrado no sexo, mais consciente da minha sexualidade. até me acontece uma coisa, que já falei com outras pessoas que sentem o mesmo: quando tenho uma relação que está a corre bem, e em que o sexo é bom, estou naturalmente mais atento a todas as mulheres; porque a libido está a 200%, estou muito consciente dos corpos que se cruzam comigo.
por isso, resumindo, nem gosto da palavra necessidade. respondendo, a vontade é maior quanto maior for a prática, é uma bola de neve (deliciosa), que faz com que eu desperte para o prazer e esteja muito consciente de tudo o que tem a ver com o sexo. quando passo por um jejum, adapto-me, melhor ou pior, mas adapto-me, e fico em standby, até que algo ou alguém me ligue os motores. e é isso.
(tenho que vos dar os parabéns pelo blogue, que é um autêntico fórum sobre sexualidade e prazer, hábitos e relacionamentos, parabéns a todos!)
De
AlfmaniaK a 21 de Outubro de 2008 às 05:17
Realmente faz todo o sentido! Ao mantermo-nos sexualmente activos, a percepção sexual estará, naturalmente activa... ao contrário de um período de abstinência em que potencialmente ficamos... humm... imunes às tentações alheias.
Na sequência dos últimos comentários, este e o do Jorge, confesso que começo a acreditar que um padre consegue levar uma vida de celibato até ao fim!
De
provoCão a 21 de Outubro de 2008 às 09:59
eu também acredito. o celibato é possível. pode ter-se uma vida sem sexo de forma saudável e feliz. (eu simplesmente não o quero fazer, de forma nenhuma, e também... algumas pessoas têm mais dificuldade em passar sem sexo.)
De
AlfmaniaK a 21 de Outubro de 2008 às 21:00
Ainda assim... com ou sem celibato, será que se consegue viver sem ter orgasmos?
Entretanto, novo post da GajaInfiel... ainda por cima, sobre os orgasmos. O debate terá retoma por lá!
Abraço!
De
provoCão a 22 de Outubro de 2008 às 09:44
sem orgasmo eu não vivo. há quem o faça, decerto. eu não consigo nem quero :D
Ao ler o teu post lembrei-me de algo que li no interno feminino, a autora dizia o seguinte:
"E a maioria das mulheres diz que não está satisfeita com a sua vida sexual com os maridos/viventes etc., por eles terem perdido o interesse. Todas dizem que a frequência se vai espaçando cada vez mais e algumas até deixaram de tomar a pílula por acharem que não vale a pena, dada a raridade do evento."
Pelos vistos e partindo do principio que estamos a falar de alguém que pelo menos presume de ter uma opinião validada, para as mulheres é fácil....
Eu acho que como em tudo na vida não há verdades absolutas, as pessoas são diferentes e reagem de maneira diferente, haverá quem passe bem com sexo uma vez por mês e quem ache que bom bom era uma vez por hora.... é claro que se eu sou dos que gosta todos os dias e só me dão uma vez por mês, é natural que eu tenha maior tendência para a infidelidade, mas acho que não passa disso, tendência, porque por detrás de uma infidelidade há por norma muito mais que apenas sexo.
Abraço
Jorge
De
AlfmaniaK a 21 de Outubro de 2008 às 05:11
Ficou tudo dito. Não teria dito melhor, ou sequer reparado na questão dessa perspectiva. Concordo plenamente que resulta numa variável, de acordo com cada um, e que não passa de uma tendência!
Nesse aspecto fiquei esclarecidíssimo. Acho que consigo extrapolar esta conclusão às outras questões lançadas.
Mas convenhamos, um jejum longo e inesperado numa relação deve dar um empurrão, às tendências, do caraças!

Abraço!
Bom... sendo eu do sexo feminino, e não generalizando a todas as gajas (claro!) o meu record pessoal este perto de 1 ano. Não por imposição mas sim por opção, porque não estava apaixonada, porque não me apeteceu sexo ocasional, porque escolhi ficar assim. Até fiz uma aposta com uma amiga acerca de um mito que corre por aí... que diz que um ano sem sexo e a gaja volta a ficar virgem! LOL! Eu estive mesmo mesmo quase... :P
Durante este tempo obviamente há actividades inviduais que se podem explorar... porque uma coisa é estar sem sexo com outra pessoa, outra coisa é estar sem orgasmo! E isso... já é outra conversa!
De
AlfmaniaK a 21 de Outubro de 2008 às 15:51
Claro que ficar sem sexo (coito) não invalida ter orgasmos... Mais acima, confessei começar a acreditar no celibato dos padres, mas continuo a desconfiar da imunidade aos prazeres da carne! Portanto a abstinência pode, e deve, ser amiga da masturbação. Olha se não fosse... credo!

Mas dizes que, por opção, estiveste sensivelmente um ano sem ter práticas primitivas de acasalamento. Ok! E como aconteceu a quebra? Foi também por opção ou porque surgiu uma opção irresistível?
*
A quebra aconteceu... porque me apaixonei... e claro que a opção foi irresistível! Numa fase da vida em que assumidamente me tinha decidido em não querer saber dos homens para nada (silly me!!!!), acabei por engolir todas as minhas palavrinhas :) E felizmente... acabou-se a abstinência!! YEEEEEEEE
De
AlfmaniaK a 21 de Outubro de 2008 às 20:57
....hehehehehehe
e YEEEE! Pois quem fala assim, não é gago! Vivam os prazeres da vida!

E abaixo os períodos de abstinência!!!! :D
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