Ela é divorciada, na casa dos 30. Ele tem mais ou menos a mesma idade, é casado há anos e relativamente feliz. Conheceram-se um dia por acaso, pouco a pouco foram partilhando sentimentos, e por fim a intimidade tornou-se em partilha sexual e de afectos.
Ela preencheu a solidão da sua vida com a presença e o carinho que ele lhe dispensava, quando estava com ele sentia-se uma rainha. Nos momentos íntimos transformava-se num prodígio de erotismo e imaginação, e ele sentia-se realizado, tinha encontrado o complemento ideal para a sua vida de casado, com ela obtinha tudo aquilo que não era capaz de pedir em casa, porque com ela tudo era permitido, sem complexos nem tabus.
Gradualmente ela foi sonhando ocupar mais espaço na vida dele, as conversas telefónicas que tanto a preenchiam passaram a deixar um vazio quando se despedia com aquele até amanhã, os cafés tomados à pressa no fim da tarde deixaram de ser uma agradável rotina quando o beijo fugaz da despedida lhe sabia a pouco, e ela ficava sozinha e a sentir-se culpada e vazia.
Tinham falado sobre isso logo que a intimidade se instalou, ele não queria que ela se sentisse a outra, mas ela apenas sabia que era a sua eleita. Mas isso fora no início, porque afinal ela era apenas a outra e era assim que se sentia. Sentia-se a outra cada vez que estava com ele e tocava o telemóvel, ele atendia e falava com a mulher fazendo planos de jantares e de fins-de-semana de que ela nunca faria parte. Sentia-se a outra cada vez que se deitava sozinha na sua cama e queria estar com ele, sentir o seu calor e aquele aconchego, que ele estaria a dar à mulher.
Ele nunca lhe prometeu nada, nunca disse que ia deixar a família, que aquilo era algo mais que uma relação sexual, sabe que ela está sempre pronta para ele, alguém que dá colorido e picante à sua rotina mas que não passa disso, porque ele nunca vai deixar a segurança da sua família, pôr em risco os privilégios de pai babado. Prescindir de qualquer das mulheres da sua vida para quê, se pode ter ambas?
Agora ela está demasiado presa a ele e àquele sentimento, sente que o ama e que precisa dele, no íntimo tem esperança que ele se decida e que a escolha a ela, porque ela é melhor, mais quente, porque sempre que tem sexo com ele, ele lhe diz que ela é única e incrível. Mas será que ele diz o mesmo à mulher?...
Ela só sabe que agora tem finalmente alguém na sua vida, mesmo que seja em part-time. Mas no fundo, está presa porque tem medo da solidão e qualquer papel secundário lhe parece melhor que nenhum.
Conheço ambos os protagonistas desta história, assisto à carência e frustração dela e à satisfação dele, e abstenho-me de tomar partido.
Nai.
Hoje, mais do que nunca, vivemos numa sociedade informada, a tão propalada sociedade da informação! Por isso, depreendemos que todos somos conhecedores de algo.
Nada melhor que esta introdução para esclarecer o que se passa ao nível do sexo. O quê? Sim... ouviram... sexo... conhecimento!
Aqui a porca parece torcer o rabo e vamos lá a ver porquê.
Do lado dos homens temos um conhecimento tão profundo do sexo, mas tão profundo, que eles se limitam à penetração!
No meio masculino fala-se muito de sexo, mas de uma maneira muito superficial e sempre nos mesmos moldes: «Meto-lhe aquilo, que ela vem-se logo!".
Geralmente nos diálogos nunca se abordam técnicas de excitar uma mulher. A maior parte dos homens não sabe que o orgasmo feminino demora mais a chegar do que o masculino. Não sabe a localização do clítoris, ou nem sabe da sua existência.
A maior parte das vezes vai logo ao pote de mel, à penetração propriamente dita, sem se alongar em preliminares: beijos, carícias, massagens e excitação do clítoris, ou, pelo menos, dos lábios vaginais! Resultado: a mulher não tem a vagina lubrificada e, como não está excitada como deve ser, vai demorar mais a chegar ao orgasmo, se chegar.
No meio masculino há vergonha em falar do acto todo, passando-se mais, uns aos outros, a ideia de que somos uns garanhões na cama.
Por outro lado, no lado feminino, temos uma noção de sexo algo deturpada! Pelo menos é assim que olho para quem parece ver o sexo como um acto de amor. Na verdade, as mulheres preferem o Amor ao Sexo.
Mentira? Vejamos os sites ou blogs de sexo femininos. Em todos eles, encontramos fantasias sexuais sempre mescladas de Amor. É vê-las a descrever o acto cheio de rosas, de colchas lindas, com flores pelo quarto todo, com o amante aos abraços e a fazer juras de amor!
Para elas, não interessa o sexo, mas antes encontrar o seu príncipe encantado, pois até se dão ao luxo de afirmar que, no sexo, não interessa o orgasmo, mas sim tudo o resto! Tudo o resto?!
Elas afirmam que os homens não conhecem o seu corpo e não sabem excitá-las, o que é verdade, mas também não sabem satisfazer os homens que se enfiam às catadupas debaixo das saias... das prostitutas!
Perceberam agora a introdução? Na nossa Sociedade de Informação, os intervenientes do acto sexual parecem não conhecer nada daquilo em que se vão meter. E querem culpar quem? Hoje em dia o que não falta é informação em anúncios televisivos, em programas informativos, de toda a forma e feitio. Na net, então, nem se fala, tal é a montanha de informação... fora a desinformação que teima em pairar.
O sexo só é tabu, hoje em dia, porque as pessoas têm medo de ser vistas como desconhecedoras da matéria. Homem nenhum gosta de dar uma queca e, chegando ao fim, ouvir: «Então? É só isto? Acabou?», nem mulher nenhuma gosta de se ver no papel de não saber o que segue depois de tirar a roupa.
Ler muito é o que vos indico. Aprendam, homens e mulheres, a satisfazer o parceiro. Saibam quais os pontos erógenos do outro, do que mais gosta.
Convém que homens e mulheres falem, nos seus grupos, sobre sexo, mas sem preconceitos, sem outros sentidos, sem querer praticá-lo... limitem-se a falar de sexo, para aprender. Depois... façam-no de todas as formas e feitios!
Para mim, que desde cedo me interessei pelo assunto, nada foi melhor que ler o livro: Um Estranho Numa Terra Estranha, de Robert A. Heinlein. Se não se trata de uma obra de sexo, o tema é abordado de forma soberba e creio que advém deste livro, lido em plena adolescência, a ideia de plenitude que o acto em si mesmo proporciona, plenitude essa que que deve ser merecida: os parceiros devem ligar-se intimamente, sem peconceitos, sem vergonhas, sem medos, isolados de tudo quanto se passa ali, naquele momento!
Sejam quem forem os parceiros: a senhora ou a putinha! Isso mesmo!
Esse efeito de intimidade que eu adoro no acto sexual, não aquele do Amor, é apenas de amor-instantâneo, de querer, de desejo imediato que vai desde o pré-acto ao momento pós-acto em que as abraço. Não é Amor, é amor e isso posso dar a quem quer que seja que se deite comigo! Como se indicava no livro, devemos praticar sexo como se mais ninguém existisse no mundo. Deve ser uma entrega total.
O que ganhamos? Algo mais do que o puro sexo. Ganhamos uma pessoa e as pessoas são boas na cama!
Agora... tentar isso sem conhecer técnicas sexuais... esqueçam!
Leiam... muito!
. ...
. Os homens não valem o que...
. Quem quer casa, compra so...
. Até onde vai a nossa fant...
. KI
. NM
. Bel
. Moi
. TNT
. maaf
. Rstx
. Heidi
. M&M
. Ácido
. Mikas
. rcarlos
. Phia_t
. Cigana
. Vesuvia
. Maresia
. O Sátiro
. Shibumi
. My Way
. Sigacafé
. GataHari
. Roxanne
. Sunshine
. Bombocaa
. QJ
. isa
. LCC
. guga
. Infiel
. Peter
. bento
. Andie
. Erhos
. Trolha
. S.Tear
. à Nora
. Sandra
. Pankas
. angel13
. MPslave
. ominona
. provoCão
. Casanova
. Eu mesmo