
...e era uma vez:
- Bom dia!
- Mmmmmmm! - murmura ele deitado.
- Vá levanta-te... ou deixei-te de rastos?
- Estavas muito animada ontem à noite.... sabes que te adoro?
- Parvo!... Claro que sei. [beijo] Vá lá, eu tenho que ir ter com ele, senão começa a estranhar.
- Sempre vais ter com ele?
- Sim!
- Pensei que ficavas aqui comigo...
- Opá! Não me venhas com essa conversa outra vez. Tu sabes que eu gosto é de ti.
Ela vai tomar um duche. Ele fica a remoer na cama... olhando para o tecto... (idiota).
Levanta-se e vai ao encontro dela no duche.
- Porque não ficas mais um bocadinho comigo?
- Já te disse que ele está à minha espera. Se me atraso ele pode desconfiar... - volta-se para ele - e tu sabes que eu não quero que ele descubra o que há entre nós!
- Não me olhes com esses olhos... senão como-te!
Sexo, sexo... mais sexo... e um bocadinho de amor, depois.
- Vou andando. Ele já deve estar no café. Logo estás por aí?
- Sim.
- Ok! - [beijo] - Amo-te muito!
-...eu também
Quando ela ia sair, ele chama-a:
- Olha que começo a ficar farto desta vida.
- Não sejas parvo.
- Se soubesse que seria sempre assim, não me teria casado contigo!
- Quando nos casámos, já sabias que seria cada um com as suas relações... não tenhas medo... o Tiago é só uma diversão, tal como é a tua Carla, a Sílvia e as outras... [beijo]
- Está bem, está bem... vai lá... diverte-te! Olha, no próximo fim de semana, vou estar com a Sílvia. Não te importas?
- Não... claro que não!
Ela suspira e sai. Ele suspira e fica...
É impressão minha, ou as relações são cada vez mais estranhas e, assumidamente, mais sexuais que antigamente?
AlfmaniaK
De
Bel a 20 de Maio de 2008 às 19:47
Gostei do vosso blog :P vou voltar.
Uma excelente semana Bel
Fixe! 
De
o sátiro a 20 de Maio de 2008 às 20:49
Relação estranha..., mas parece que muito emvoga--quer o diálogo seja inventado ou não.
Mas é difícil viver assim: os afectos não se partilham dessa maneira.
Não sabia que havia um manual que definisse a verdadeira arte de partilhar afectos!!!
De
srmonge a 21 de Maio de 2008 às 03:52
mas quem falou em relação ou em casamento?
são momentos de vidas que se cruzam. E que devem ser vividos sem o peso de preconceitos ou tabus ultrapassados.
E por falar em ultrapassados, os trintas não estão desenquadrados desta forma de estar.
Pelo contrário, acho até que se torna mais propício a esta faixa etária. em que ambos já viveram experiências passadas a dois, e que neste momento apenas querem estar a um, com eles próprios. e pontualmente com alguém. Com quem se relacionam na sua vida social, mas com quem não querem assumir uma relação. Não pelas pessoas em causa, mas pela simples questão de se tornar uma relação.
Logo, a mais do que um...
Não é esse o objectivo
Oooops... fiquei confuso! 
Se a frase final é uma pergunta, penso que a resposta é "sim".
Nas relações, como as observo, há uma necessidade (depois de uma vivência e experiência considerável) de nos sentirmos a nós próprios... e consequentemente, viver pontualmente o que desejamos. Apenas transportei isso para um plano, em que um casal opta por não abdicar de uma relação e assumir esse estado de espírito!
Humm... é! Fiquei confuso!
De
M&M a 21 de Maio de 2008 às 04:02
Este filme não é real, certo ????
Não ser real, não implica, necessariamente, ser ficção!
(isto de conter a origem do post é lixado!!)

Olá amigos(as) tanto faz, porque o importante são as palavras.
É uma história digna, bem contada e ,sobretudo os diálogos, bem construída.
É um tema recorrente da minha inquietação na procura de sermos melhores.
Ao longo dos tempos, poucos foram os que conseguiram atingir o absoluto numa relação de amor. Daí a procura de plenos, repartidos com diversos personagens, que torna a poligamia um conceito de fascinantes contornos, mas que é uma evidência é.
E não estamos a inventar nada de novo. Já fomos poligamos, antes de o homem ter criado a monogamia para se proteger, ou numa dinâmica de ter, de ser posse e possuir.
Este texto é portador do devir. Já é, ainda que parcialmente oculto, mas a mudança está para ficar.
Que cada um viva de acordo com as suas convicções, sem limites-
Eu tenho do absoluto, uma ideia de felicidade e obtive-o com uma única parceira. Mas não abomino que outros o tentem na procura, porque o absoluto é o limite, depois morre-se.
Saudações amigas
A sublinhar: "...não abomino que outros o tentem na procura, porque o absoluto é o limite, depois morre-se.", e assim se desfazem preconceitos, potencialmente descriminatórios e infelizes. Muito bem!
Obrigado pela participação!
Isto é história e ponto final.
Acredito que se pule muito cerca mais ainda não vivos uma completa anarquia sexual.
Bom… Eu já tenho uns anitos e convivo com muita gente também tenho filhos a passar uns trocos dos vinte mas também já não acredito no pai natal…
Já agora explica-me que eu não entendo.
Se esse dialogo é entre um casal ou seja se existe um casamento quem é que pode desconfiar o amante????
Não bate a bota com a perdigota não te parece? ??
A não ser, está claro ,que tanto ela como ele sejam profissionais do sexo com clientes ciumentos…
Sorry devo ser mesmo muito básica mas não consigo atingir…
Podes-me explicar como se eu fosse muito burra ( se calhar sou) ?
Agradecida
Abraço
PS:Vou aguardar a resposta ansiosamente porque fiquei intrigada com a veracidade do diálogo.
A ideia inicial que o texto transmite é que ambos são amantes, e que ela deverá regressar para o respectivo. Esta ilusão desaparece quando se confirma exactamente o oposto. O preconceito não está na infidilidade, mas na fidelidade baseada na confiança extrema! Posto isto, porque não enganar o amante?
E para rematar: O texto é ficção. 
Obrigado pela participação!
Não podes pensar num texto pelo que lês no inicio mas pelo que estas escrito com todas as letras: são casados .
Ora que essa para mim é nova …
Mas viver e aprender ! Existe preconceito com a fidelidade???
A confiança parece-me uma boa base para começa e manter uma relação, digo eu claro ..
A palavra extrema é que me parece fora de contexto porque se existe confiança ela não pode ter grau de medida.
Ou confias ou não, não existe meio termo.
(Não gosto da palavra amante usada para definir o outro ou outra ,afinal Amante é todo o ser humano que ama)
Mas é uma boa pergunta e fez-me rir :
" porque não enganar o amante? "
Pois porque não…???
Mas se leres o teu texto com atenção a conclusão que tiras não é essa.
E o “amante”nunca é enganado porque o simples facto de se intitular “amante” já tem noção que não é o titular e que está em segundo plano.
Ou talvez alem de enganado seja parvo, porque quando se ama assume-se não se fazem jogos:))
Beijo
De
oamante a 23 de Maio de 2008 às 14:02
Enganar o amante? Porquê? Enganar o marido? Para quê?
Numa relação deste tipo, não se preocupem com o engano, porque deveriam estar todos bem informados e bem intrincados nessa forma de viver!
Se se optar por uma vida dessas, acho que a verdade é ainda mais essencial do que na monogamia, daí haver muito poucos casais a praticar a poligamia, apesar de na teoria, todos a quererem!
Todas as relações duradouras têm problemas derivados da convivência diária. Há uns que as aguentam, outros procuram animar-se fora do casamento e outros ainda que se sacrificam.
Vejamos bem: na natureza não há monogamia a não ser na espécie humana. Todas as outras espécies praticam a poligamia. Mais: até os animais que se pensava serem totalmente monogâmicos, como os albatrozes, dão, descobriu-se recentemente, facadinhas no matrimónio, mas voltam sempre a unir o par depois e a cuidar dos filhos como se fossem seus!
A traição pode existir em qualquer uma das relações, mas uma coisa é certa, estragará sempre a relação. O swing, onde a partilha de sexo é consentida, parece conseguir alimentar o casal. Caso a ponderar.
Uma coisa é certa, ser monogâmico ou poligâmico não tem nada de mal... desde que se previna o outro, no início do que queremos.
O pior acontece quando temos uma ideia na cabeça e queremos o tipo de relação...
O engano pode muito bem estar... em nós próprios! Procuremos bem por ele, dentro de nós!
De
oamante a 23 de Maio de 2008 às 14:06
errata: onde se lê: O pior acontece quando temos uma ideia na cabeça e queremos o tipo de relação...
deve ler-se:
O pior acontece quando temos uma ideia na cabeça e queremos outro tipo de relação...
Pontos de vista…eu poderia rebater todos os argumentos utilizados poderia até ser acusada de preconceituosa ou quiçá de antiga … mas era só mais um ponto de vista e cada um de nós tem o seu.
(Partindo eu do principio que este comentário é uma resposta ao meu)
Primeiro ponto a verdade é primordial na vida logo numa relação.
Acho que é o contrario que acontece o que todos ou grande parte dos casais procuram é a monogamia todos sonham com ela com uma vida estável de preferência com o parceiro que ame e que possa constituir uma família etc etc .
A poligamia sempre foi praticada em países de terceiro mundo ou em tribos indígenas ou ainda em alguns recantos escondidos do globo com excepção de alguns países árabes e sempre a prevalecer a vontade masculina, ou seja ao homem era permitido ter mais do que uma esposa( mas também sabemos perfeitamente que por ai os direitos das mulheres não são tidos em conta) .
O que agora tanto se fala o swing não me parece que seja pratica a adoptar claro que são pontos de vista mas num universo de 500 casais possivelmente um ponderaria essa ideia.
A convivência diária tem de tudo.. Talvez se crie um certa monotonia mas existem sempre soluções uma delas é o divorcio e cada um reconstrói a sua vida, parece-me mais fácil do que “saltar o muro”.
(Vejamos bem: na natureza não há monogamia a não ser na espécie humana.)
Também é o único ser pensante.. Por alguma ração somos seres humano e utilizamos um cérebro..Alguma coisa nos diferencia das outras espécies.
Não existe mal em nada desde que não interfira com a vontade e liberdade do outro, seja o que for e em todas as áreas .
(O pior acontece quando temos uma ideia na cabeça e queremos o tipo de relação...
O engano pode muito bem estar... em nós próprios! Procuremos bem por ele, dentro de nós!)
Nunca é engano quando esclarecemos e tiramos duvidas antes de entrar numa relação e hoje existe felizmente a possibilidade de se desfazer o “erro” e procurar a relação pretendida em outro lugar.
Bom desculpa o testamento mas não resisti.
Bj
De
oamante a 26 de Maio de 2008 às 09:59
Calma Ramo de Cheiros
Por acaso, o meu comentário não se referia ao teu, em particular. Ele nasceu da leitura de uns poucos.
Antes de mais, a monogamia será, penso que sempre, o sistema vigente na maior parte dos países.
Segundo, apenas referi os animaizitos, porque toda a gente gosta de ir à natureza buscar uma analogia: até os animais constituem par!
Quanto à poligamia e as tribos indígenas realmente há sempre a mania de serem várias mulheres para um homem, mas penso que é por culpa das mulheres. No blog Interno Feminino a TNT descobriu uma cultura matriarcal.
Agora, parece-me um pouco redutor essa mania de que a poligamia ou neomonogamia (termo não tão complicado) só existe em países subdesenvolvidos, pois acho perturbante essa visão dos Estados Unidos, país divulgador deste novo ismo.
E não se deve pedir desculpa por dar a nossa opinião, porque isso é exactamente o que se pretende, pois só de uma visão alargada se extrai o sumo com que se possa trabalhar.
E como o Sócrates lá acelerou o divórcio, vou já a correr... lol.
De
oamante a 23 de Maio de 2008 às 14:16
A cultura humana é cíclica. Já vivemos relações fechadas, depois tivemos o hippismo e a libertação sexual do homem (não da mulher), depois veio um interregno e assistimos agora à libertação sexual da mulher.
Acontece que hoje, o sexo, por ser mais banal e menos tabu, acontece também um pouco por dá cá aquela palha e esvazia-se um pouco de conteúdo.
Se ambos os parceiros procuram um pouco de prazer momentâneo, é bom... mas se procuram algo mais, aqueles momentos fugazes não preenchem vazio nenhum e amanhecem mais sós do que estavam na noite anterior.
Não encontro soluções para nada disto! Quem as encontrar que divulgue!
De
Infiel a 14 de Maio de 2009 às 01:12
não tenho soluções mas tinha de dizer que adorei a intervenção que o post suscitou e concordo, em absoluto, com a tua frase:
"Se ambos os parceiros procuram um pouco de prazer momentâneo, é bom... mas se procuram algo mais, aqueles momentos fugazes não preenchem vazio nenhum e amanhecem mais sós do que estavam na noite anterior"
relações abertas como a descrita no post eu não entendo
De
sandra a 26 de Maio de 2008 às 12:47
Comigo nao dava...
Comentar post