Parece discutível... mas não tem razão de o ser! O Swing é sexo entre casais. Ponto!
Sejamos pragmáticos e todos concordamos que o Swing envolve o dito "sexo consentido", se não concordarmos aqui, nunca iremos além das teorias de infidelidade.
Posto isto, que se fale do swing.
Já se escreveu aqui sobre o tema, mas a coisa girou à volta do grau de confiança na relação. Houve alturas em que acreditei que o Swing seria uma das expressões máximas da confiança entre um casal assumido. Mas, quando comecei a pensar em escrever sobre o assunto,
concluí que o swing tem tanto de genuinamente emocional como a relação homossexual com amor. Que se amem (?), ok! Mas daí a dizer-se que se é gay porque ama um semelhante, é treta! É-se gay por ter relações sexuais (continuadas) apenas com semelhantes, independentemente de se amar.
Assim olho para o Swing. A relação entre casais é sexo puro. Sem tretas e paninhos quentes como ser reflexo de confiança, e que faz bem a relação, etc e tal!
A procura pelo Swing começa pela curiosidade. Independentemente de haver monotonia ou não, a curiosidade é o elemento número um.
Mencionei o sintoma monotonia porque este está, claramente, associado ao Swing, como se esta prática fosse o antídoto. O Swing pode combater a monotonia, mas não é a solução. Em todo o caso, ambos os ingredientes não me parecem ser suficientes, há um terceiro elemento que, bem mais eficaz que a monotonia, pode levar um casal a aceitar a sua curiosidade: o desejar e ser-se desejado.
O facto, é que as relações desgastam-se, e a nível sexual sente-se muito a ausência de desejo. Não, necessariamente, porque deixe de haver desejo (até porque deverá ser o mesmo que no início), a questão é que ser-se desejado sempre pelo mesmo companheiro, cansa! (e isto concluo com base nas faixas etárias em que mais se adere ao Swing)
Portanto, temos curiosidade, monotonia e desejo. Ora estes 3 ingredientes são demais para os comuns mortais, que mais depressa se atiravam para casas de meninas e para os braços de amantes. Portanto, vamos distribuir isto por características da natureza humana: ser-se sexual, é importante... e acima de tudo, aventureiro.
Conspirei uma excelente equação, para me orientar:
curiosidade + monotonia + desejar / sexo x aventura = potencial candidato Swinger
Ora isto revela que o swing é sexo. Em nada terá a ver com o confiar, o ter uma relação capaz ou de se saber distinguir amor de sexo como ninguém!
Swing é envolver-se com outras pessoas, e saber divertir-se com isso. Aceitar o prazer que o sexo pode dar e viver com isso! Curiosamente, com um enorme sorriso nos lábios e a inveja reprimida dos que os condenam.
E isto é discutível? Não me parece. O Swing, é uma prática saudável de bom sexo (com os cuidados inerentes, claro), apenas custa-me acreditar que a confiança seja o fruto podre do Swing, porque só não se dá bem com o Swing quem... lá está: ou não tem curiosidade sexual, ou a monotonia sexual é um must e o sentir-se desejado nunca lhe fez falta. Já a nível sexual, o melhor é nem comentar... e o seu lado aventureiro mete dó ao pai do Indiana Jones!
Se a confiança fosse o elo mais importante para se sobreviver ao Swing, então ter amantes e jurar amor eterno ao companheiro seria suficiente, mas isto parece-me impossível.
Eu não condeno o Swing. Se era capaz de experimentar? Porque não... afinal é sexo, e eu gosto. Tu não?
AlfmaniaK
Entendi a expressão "se era capaz de experimentar? Porque não..." como sendo uma forma de dizer que não o fizeste ainda, peço desculpa se interpretei mal.
Permite-me que continue a discordar contigo na questão da orientação sexual, pois creio que o sexo não é apenas a relação entre os órgãos sexuais, passa sobretudo pelo cérebro. Uma pessoa pode não ter oportunidade de expressar a sua sexualidade com outra pessoa, e isso não significa que não tenha orientação sexual definida.
Em relação ao swing, os sentimentos (ou a falta deles) envolvidos dependem apenas de quem o pratica. Uma relação de amizade, tesão e cumplicidade entre quatro pessoas é swing? Se existirem sentimentos mais profundos para lá da estimulação sexual, deixa de ser swing?
De
AlfmaniaK a 13 de Fevereiro de 2009 às 23:14
Concordo que a orientação sexual tenha origem em alguma reacção bio-química cerebral, tal como a atracção entre heterossexuais... mas a concordância dessa orientação psicológica só se confirma com efeitos práticos. Ou seja, lá por eu imaginar e sentir-me excitado, mesmo cobiçar algo fora do normal não faz de mim um fetichista... pelo menos até o praticar. (julgo eu)
"Uma relação de amizade, tesão e cumplicidade entre quatro pessoas é swing?"
Não! Mas se for entre dois casais sim. O swing pressupõe troca de casais assumidos, portanto tem que haver pelo menos um casal.
Se forem 4 amigos, acho que enquadrava isso no conceito orgia.
Já os sentimentos, esses devem lá andar no meio. E acho bem que sim. O que sustento é que estes não fazem parte dos motivos que levam alguém a partilhar sexualmente o parceiro, mas sim o desejo sexual e egoísta.
Daqui concluo que o swing só existe porque existe a noção de posse. e sim, concordo contigo quando dizes que o que leva alguém a querer partilhar o parceiro é um desejo egoísta. Mas tomara que todos os egoísmos fossem tão inteligentes como esse pode ser. Procurar o prazer através do outro, procurando a satisfação através do prazer do outro, parece-me uma excelente ideia, e não vejo porque é que isso não há-de ser um sentimento nobre.
Nada dá mais prazer que o prazer que se dá.
http://provocame.blogspot.com/2008/10/provocao-gratuita-39.html
De
AlfmaniaK a 19 de Fevereiro de 2009 às 10:22
Nobre?
adj. 2 gén.,
(...)
notável;
célebre;
distinto;
honroso;
que revela grandeza de alma, elevação moral;
generoso;
majestoso;
excelente;
sublime;
elevado (estilo).
Sim... é uma manifestação nobre! E viva o prazer!
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