É sabido que o fruto proibido é o mais apetecido, mas os critérios que tornam o fruto proibido, variam de pessoa para pessoa.
No sexo, há inúmeros frutos proibidos... e parece-me que, ao contrário de outros contextos, há um critério comum nestes frutos: pudor!
A origem destes frutos estará, muitas vezes, relacionado com a indústria pornográfica. "Será que posso fazer aquilo?"; "Será que ele gosta daquilo?"; "Quem me dera que me fizessem aquilo!"... etc e tal. Normalmente estas coisas que vemos são rapidamente conotadas de nojentas e desnecessárias, como que dizendo "Haaa! Eu não preciso disso, nem nunca tive curiosidade!".
Acredito que cada qual terá as suas convicções, e canta o que lhe parecer melhor... mas aposto que lá no fundo, se se lhe for proibido algo, a coisa muda de figura. Começo com um exemplo simples e fácil de extrapolar: imaginemos um casal. Ela detesta que lhe façam sexo oral. Acha um nojo! Até aqui tudo bem. Ele naturalmente respeita. Mas o factor de que é-lhe proibido "fazer" algo, deve resultar numa excitação sempre que julga haver a hipótese de o poder fazer! Não precisa, é certo (e provavelmente é melhor assim), mas as relações deles devem ter um sabor bem aprimorado... só porque não se pode fazer aquilo. O sexo oral, está cada vez mais aceite e vulgarizado como um acto perfeitamente normal... mas para aquele indivíduo, naqueles momentos, é algo de extraordinário!! E ganha ele e... por tabela, ela!
Usei este exemplo, porque o sexo oral é algo muito acessível, e acho interessante que o facto de o tornar proibido, faz dele algo absolutamente excitante... só de pensar!
Como este, e agora adaptando aos pudores mais fortes: ejacular na boca ou enfiar um dedo no ânus do parceiro, são experiências que se baseiam em frutos proibidos - que bem observados... nada terão de especial ou mágico! Só pudor.
Ora, se por um lado condeno o pudor desmesurado, por outro fico contente que haja pudor pois este é libertador para a libido. Já alguma vez pararam para pensar naquilo que seriam capaz de experimentar/fazer e quais os vossos limites? Qual é o vosso factor XXX?
AlfmaniaK
Fazer sexo é bom! Com amor, ainda melhor... e com humor?
A intimidade durante o acto sexual pressupõe alguma seriedade, portanto o humor parece não ter espaço, porém o mesmo acto pressupõe ser divertido.
Confesso que me faz espécie o sexo com diversão acrescida do parceiro, ou seja: quando este se ri (ei. uma boa gargalhada) de forma saudável!
Acho que me faz espécie porque o esperado são gemidos de prazer, gestos de ternura e/ou cenas com alguma conotação lamechas (mimos) bem sexuais. Não espero que haja uma "gargalhada", reflexo de alguma tirada ou piropo bem divertido, porque se era um piropo conscientemente engraçado, a ideia não é rir, mas colocar uma pitada de bom humor e, consequentemente, boa disposição.
Enfim, o certo é que a gargalhada - se exagerada - mata o ambiente. Não é uma regra, mas dependendo do estado de espírito, pode contribuir para um esforço sôfrego na performance. Como exemplo, dou a minha experiência, na qual é recorrente nos preliminares haver uma resposta, digamos, demasiada divertida. Se por um lado gosto, por outro fico com a ideia que "ela" não está nem aí para o sexo. Bom, isto não se aplica, se também estiver claramente divertido, óbvio!
Seja como for, se houver quem se incomode com estas coisas, parece-me que não é conversa nem expõe a sua posição. Consequentemente, parece que os parceiros ignoram se incomoda ou não. E depois lembro-me de casos possíveis em que o parceiro desata a rir porque se lembrou de algum disparate, rindo-se de forma involuntária durante o acto. Já para não falar dos orgasmos acompanhados de valentes gargalhadas... porque não se consegue evitar. E isto parece-me ser a gota d'água! Ou há seriedade e rigor, ou então mais vale brincar com a mão... estou a fazer birra, não estou?
AlfmaniaK
Hoje, ao passar pelos destaques do SAPO, encontrei um post com um nome sugestivo: E você está contente com as suas maminhas?, no post discutia-se o facto de uma mulher ter decidido tirar uns dias para fazer um implante mamário e aumentar os seios, dei-me ao trabalho de ler as dezenas de comentários... é claro que há ideias para todos os gostos.
Chamou-me a atenção algo em especial, no meio dos muitos comentários, as mulheres dizem que o fariam porque gostam de se olhar ao espelho e ver algo agradável, as que nunca o fariam porque as pessoas devem sentir-se bem consigo mesmas, as que se tivessem dinheiro para tal o gastariam de uma forma mais adequada... há de tudo e para todos os gostos. A maioria passou ao lado de uma parte importante do post... então e se for o marido a pedir? quem se referiu a essa parte do post, disse que não o faria, se ele não gostasse, paciência, mas será assim tão simples?
O ser humano vive principalmente em função dos sentidos, o que observamos e sentimos é muito importante, estes dias discutíamos o facto de gostarmos ou não de pornografia e da sua importância nas nossas fantasias.... mas o que acontece quando tentamos transportar para as nossas vidas os modelos de perfeição que encontramos nos filmes e nas fotografias? E se um dia nos pedirem para aumentar os seios, ou para colocar uma prótese para aumentar o tamanho do pénis?, ou para tomar viagra de modo a aumentar o nosso desempennho?... estamos dispostos a isso em prol de uma vida sexual mais preenchida? Até onde vai a nossa fantasia e tolerância? Estavamos dispostos a arriscar que fossem procurar esse ideal noutro lado?
Nai
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